quinta-feira, 29 de maio de 2008

1 ano.



1 ano que terminou,1 ano que começou,1 ano que não começou e nem terminou.
Mais de 1 ano que acabou,menos de 1 ano que aconteceu,1 ano exato que se criou..
Muitas coisas estão iguais,menos as coisas que nos ligavam,as amizades e o amor,as intenções e pretensões,os sentimentos e a ausência deles.Muita coisa mudou também.
Ambos fazem parte do passado,mas hoje se fazem tão presentes.
E se quem gosta de passado é museu,então eu virei historiadora ;(
E poucas vezes sou eu que reviro esse baú.Pois existem fantasmas do passado,e sempre voltam pra assombrar,eu querendo ou não.
Aí depende de mim me assustar,ou não.
Também existem situações e sentimentos mal resolvidos,mal curados.
E como eu já disse hoje no meu momento bozo:
“Se eu fosse Claudinha Leitte tava ferrada!”
Ela que canta: “Seu amooor é a minha cuuura...”♪
Se eu dependesse disso minha atual gripe ( e demais doenças) talvez,jamais se curariam =/
São casos,acasos,desencontros,despedidas,desentendimentos,vícios.
Mas na verdade,em todos os casos o problema é sentimento mal curado.
A fila anda,mas deixa pegadas,marcas.
A maioria das pessoas que passam pela minha vida deixam um pouco de si em mim.
Assim como eu também amo marca-las.
É como diz aquele filósofo de banda emo:
“Sou um estilete sem cabo,quer pegar?Pega.Mas eu não entro e saio da vida das pessoas sem deixar marcas!”
Ou mais ou menos isso.
E eu guardo em mim o que restou de você,e de você e de você também.
Pena que nem sempre guardo só as coisas boas.
E talvez se eu não guardasse,o passado não se faria tão presente!
É,eu também tenho um coração beem burro,saudosista e ordinário.

terça-feira, 20 de maio de 2008

A Alegria na Tristeza

O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti. No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis" que, até onde sei, permanece inédito no Brasil.O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.Pode parecer confuso mas é um alento.

Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.
Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia.
Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.
Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta.
Fazer é muito barulhento.Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.
Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.

(Martha Madeiros)

domingo, 18 de maio de 2008

Vingança,um jogo cruel.



Porque as pessoas transformam sentimentos em um jogo de gato e rato,ou de esconde-esconde,e até de roleta russa?
O amor deveria ser levado a sério,sem brincadeiras infantis que podem ter conseqüências fatais.
Esquematizar suas ações,planos e cartadas fazendo da história e dos dias um jogo de tabuleiro é cruel demais,e causa danos.
Uma pessoa movida por vingança passional é capaz de basear seus dias naquilo,transformar sua vida inteira em função de um sentimento tão primitivo.
A vingança o faz jogar sujo.Passar por cima do que vier a sua frente só pra ter o que se quer,ou seja,apenas para ferir alguém.
Algumas pessoas dizem sentir ódio,quando na verdade não entendem que é paixão ressentida.
Amor não,porque o amor de verdade não admite sentimentos crus e atrozes.
E então vingança regada de paixão ignorada é a mais infeliz.
Tentar fazer mal a quem tanto se quer é sufocar o sentimento bom que gritava em você,é se enganar,é tolice.Pois poderá lá na frente então provar do mesmo veneno.Claro,se a consciência não pesar antes e o coração não sangrar. Assim como poderá ter que engolir a seco todos os danos,sofrer sem chorar,quando o plano não der certo ou o sentimento bom o dominar.
Arrependimento,dói. E chorar após ter aniquilado todas as chances boas por uma vingança fútil e mesquinha não trará ninguém de volta.
Saber-se causador fatal de um resquício de consideração que aquela pessoa sentia,pode-se tornar um pesadelo.

terça-feira, 13 de maio de 2008


Cuida de mim
Pra falar verdade, às vezes minto
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer às vezes que as vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo
Tanto faz não satisfaz o que preciso
Além do mais quem busca nunca é indeciso
Eu busquei quem sou, você pra mim mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto fujo.

Basta as penas que eu mesmo sinto de mim
Junto todas criou asas virou querubim
Sou da cor do tom, sabor e som que quiser ouvir
Sou calor, clarão e escuridão que te faz dormir
Quero mais, quero a paz que me prometeu
Volto atras se voltar atras assim como eu.

Busquei quem sou
Você pra mim mostrou
Que eu não estou sozinho nesse mundo.

domingo, 11 de maio de 2008

Vai entender!

É,tem um sapo coaxando debaixo da minha janela.
E são quase 4 da manhã.
Irritante!

Mas nada mais irritante do que se sentir impotente.
Ver,sentir e não poder fazer nada.
Querer amenizar,ajudar e não poder fazer nada.

Claro que eu acredito no poder da prece e das boas vibrações.
Mas e o que fazer quando sentir que isso é muito pouco?

O que fazer quando sabe-se,vê,presencia-se que o amor pode ser uma bomba nuclear de alta devastação e mesmo assim sentir falta dele?

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Quando...ela se anuncia...

Quando eu passo a abrir as portas esperando que algo bom esteja por trás delas,ou que alguma novidade se apresente pra me trazer um motivo pra seguir...
Quando faz frio e chove lá fora e não importa o quão agasalhada eu esteja,o frio dentro de mim congela,os pulmões secam,doem..o ar entra com dificuldade e parece canivetes.
Eu me sufoco...no meu frio particular.
Me sufoco...no cinza do dia,impresso na minha vida.
Me sufoco...com o tédio e falta de vida ao redor.
Me sufoco...de saudade,a sua ausência que mata.

Quando eu me sento na cama como se me sentasse em espinhos,e o pensamento torna-se estático e nenhum músculo se move,inércia total...
Eu não sei pra onde ir,o que fazer,o que falar...
Eu só sinto,e dói.
Quando o dia e as horas se arrastam e o choro que se conteve durante todo o dia deságua...
É o anúncio de que a tristeza chegou.
Junto com o frio,a tristeza chegou!