quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Quando eu menos espero eu já estou dentro da montanha russa!

Últimos 5 dias de muitos altos e muitos baixos, de tirar o fôlego, o sono e dar meeedo. Será que minha vida andava tão monótona que Deus resolver chacoalhar tudo de uma vez só?Chegou o final de semana eu me esforçava pra sair da cama, pra ter ânimo, a vontade de viver que eu não tinha encontrado na última semana, nem para ir a universidade.Se não fossem meus amigos me ligarem exigindo minha presença, eu teria dormido o sábado inteiro. Saí de casa com a maior vontade de voltar pro cobertor, sentia um angústia no peito. Mas estava com elas, e depois eles, e era somente isso que importava. Mesmo que eu me sentisse estranha ainda.

Na volta pra casa eu ainda pretendia passar o domingo na cama sem companhias. Fui dormir pra fugir da angústia.2hs o celular toca e minha amiga, muito lock já, me informa que eu querendo ou não seria arrastada pela manhã para ir ao Vila Lobos andar de patins, naquele geeelo invernal de um domingo de manhã.Como eu sabia que não tinha escolha, meu relóginho da insônia despertou bem cedo, e eu já me preparei psicologicamente. Melhor assim, do que como fora outras vezes, que eu era literalmente arrancada da cama e arrastada para o parque.Ingenuidade minha achar que todo mundo ia acordar cedo depois de ter virado a noite em alguma balada né?Mandei uma mensagem dizendo que se demorassem eu desistia.Voltei pra cama decidida a não sair mais dela até segunda a tarde. E dormi.

O celular tocou algumas vezes com pedidos de desculpas vindos do outro lado e planos para a noite, e eu respondia a tudo sem empolgação alguma criando subterfúgios variados.Até que meu namorado me ligou com a notícia do ano (porque não?), pulei da cama e corri pegar o notebook, na mais incrível e visível empolgação.Assim como ele, ainda é difícil pra mim acreditar que uma pessoa que mal nos conhece possa nos dar tanto crédito e confiança para um trabalho tão legal.E o melhor, tudo isso ter caído no meu colo, sem eu ao menos procurar. Como se a sorte voltasse a sorrir pra mim!Talvez isso seja resultado de meu esforço e empenho em tudo que eu me proponho a fazer.Deus resolveu me mandar um presentinho bom :)

Tentei prender aquela sensação com toda força que eu tinha, brigando comigo mesma, em guerra com a apatia. Pra fazer perdurar sentimentos que eu não tinha há tempos,e me dar gás pra essa nova jornada.O resultado disso tudo, foi muito positivo para o meu dia. No vai ou racha decidi sair com os amigos para comemorar, não só a conquista, mas o meu estado de espírito raro. Comemoração essa que seria bem discreta, ou melhor, secreta. Um vez que meus amigos ali presentes, não entenderiam a essência, os motivos. E por fim acabariam me fazendo sentir como se não fosse nada demais. E não por maldade ou displicência. Apenas por serem de outra, digamos, órbita que raramente sincroniza com a minha. É difícil explicar. São diferentes. Mas muito queridos por mim. Porque antes de muitas coisas, aprendi a viver com as diferenças e dar valor a elas.

Decidimos ir para a Serra comer fondue e tomar vinho. O clima pedia de joelhos que fizéssemos isso hahaAtrasos e atrasos depois, fomos rumo a um dos lugares mais gostosos dessa megalópole.O mais divertido foi ter um mapa, e dirigir como se estivéssemos numa caça ao tesouro. Todo mundo na mesma sintonia e descontração, tentando decifrar as coordenadas haha Sobe, desce,faz piada, vira, volta, faz piada, esquece a lombada bate a cuca e faz piada.Eis que chegamos num lugar ermo, com uma construção suntuosa, luzes apagadas. Do lado de fora só podíamos ver luzes de castiçais do lado de dentro. Na entrada ao falarmos ouvia-se o eco ressoando lá dentro. Ficamos com medo e hesitamos em entrar. Até que surgiu um garçom com cara que estava dormindo, a voz rouca e o desinteresse nítido.Entramos e constatamos que não havia outro ser naquele local que não o garçom. O restaurante por dentro era muito aconchegante e bonito, dotado de uma bela estrutura provinciana, cheio de velas espalhadas pelo salão, uma enorme lareira ao centro como atração principal e uma música ambiente suave. A única vantagem do lugar estar vazio foi que podemos escolher a melhor mesa, perto da enorme parede de vidro com a melhor vista da região. Mas, todo o ambiente vazio tinha um atmosfera sutilmente macabra, o qeu nos fez , na primeira oportunidade, zarpar dali.

Escolhemos ir à um rodízio de fondue que tínhamos avistado na estrada quilômetros antes desse lugar.Novamente descemos num estacionamento vazio, mas a segurança de permanecer lá era maior, já que o restaurante era bem localizado, e tinha um ponto muito bom que identificamos logo, o local permitia uma saída de fuga hahahaAntes de entrarmos fizemos inúmera piadinhas com o lugar parecer uma discoteca GLS muito da grã-fina. Porque de fora podíamos ver a pista de dança, os lasers e o globo espelhado.Entramos e fomos super bem recebidos por um maitre chileno. Novamente escolhemos a melhor mesa do local, em frente a lareira e com a melhor vista. E ficamos mais tranqüilos quando vimos mais pessoas chegando.Logo vi que íamos gastar um booom dinheiro. Mas parecia que ia valer a pena. Pedimos o rodízio de fondue de queijo e de chocolate por um preço absurdo por pessoa.Quando chegaram os réchaud de fondue e todas as tábuas de carnes, patês e pães, ficamos desconcertados com tamanha quantidade de comida que mal cabia em nossas 3 mesas.Meu amigo pediu um vinho e após servido começou a comilança divertida. No final estamos extenuados de tanto comer e fomos nos arrastando para o carro.

Vim o caminho todo já naquela ansiedade e preocupação com o trabalho que eu ainda não tinha feito e deveria entregar ao meu “ editor”?(ainda não sei como chamá-lo) naquela noite.Porque tudo agora tem que ser pá-pum e em inglês. Detalhe que tem me consumido de preocupação. Mas eu tenho deixado a auto-confiança ganhar.

Cheguei em casa, subi para o meu inabitado quarto e pus-me a pesquisar e ter idéias. Em meia hora o meu namorado chegou e notou que eu já havia começado a esquentar a cama para ele. Pois é, eu não uso mais meu quarto, nem quando ele não está. Ele tomou conta.Começamos a traduzir tudo numa batalha em vão. Porque o sono e o cansaço nos dominava. Como eu na verdade, não tinha prazos exigidos, e sim sugeridos, decidi entregar tudo na segunda.

E assim foi, segunda a tarde minha entrevista já estava na caixa de entrada da assessoria de imprensa e os pormenores decididos com o “editor”, assim como novas idéias maravilhosas e novas perspectivas criadas para mim.Mas no fundo eu ainda me sentia angustiada e com aquela dor de cabeça latejante. Me entreguei a cama e não fui para a faculdade. Dormi até terça de manhã.

Acordei cedo, e fui tomar banho. Nos meus devaneios durante o banho fui acometida por uma sensação terrível, quase como uma premonição sem destinatário e data, tentei me acalmar, conversei com Deus e fui para minha consulta com a nefrologista. Peguei os resultados de alguns exames, e curiosa que sou, constatei as alterações negativas antes de entrar no consultório.Estava indignada com o resultado, e prestes a pedir para refazer os exames. Mas no fundo eu sabia que estava tudo certo.Mais exames me foram pedidos, mais remédios prescrevidos e mais uma certeza de que minha genética é horrível.

Mas a sensação ruim não pertencia a isso, não era por causa disso.Depois de uma horinha marcando os exames e fazendo compras na farmácia, fui para casa.

Me arrumei para a faculdade e angustiada e atrasada sai de casa.Havia em esquecido o quanto a ociosidade dentro de um ônibus por horas era tão entediante e sufocante.Me foquei em ler meu livro, com aquela avidez que somente essa saga me deu.

No fundo me sentia feliz por ir para a universidade (porque toda vez que eu falo faculdade lá, todo mundo me corrige), eu gosto das minhas aulas. Mas aquele medo que o último semestre deixou, ainda estava aqui. Não pelas matérias, mas pelas pessoas, amigos, ex- amigos, colegas e desconhecidos que só a sombra de seus julgamentos já me incomodavam.

Após mais de 1 hora dentro do ônibus, e o trânsito visível por toda a Brigadeiro Luiz Antônio, eu comecei a passar mal. Estava sufocada, nauseada e em pânico.Tentei minhas técnicas de respiração, mentalmente eu conversava comigo mesma para me acalmar, cheguei a brigar mentalmente também. Pensei em descer do ônibus centenas de vezes, mas o frio do lado de fora me dava mais medo.Eu sabia que um dia eu teria que lutar contra isso, a satisfação de ir a universidade e aprender tinha que ser maior.

Logo que desci do ônibus encontrei uma amiga, mais uma que havia tomado chá de sumiço nas férias, e fiquei se saber como cumprimentá-la, sem jeito.Até que tudo ficou claro com seu sorriso, e nem parecia que o tempo e os julgamentos errados haviam passado e acontecido. Fomos tagarelando até a sala, onde já havia começado a aula.Eu odeio, e hoje mais ainda, chegar atrasada e ter para a mim toda a atenção da sala quando entro e tomo meu lugar, ou procuro por um. É como se eu sentisse raios lasers me cortando, mesmo que uma pequenérrima parcela daquela sala realmente não goste de mim. Na verdade é tudo fruto da minha síndrome de perseguição.

Me dirigi ao fundo, e percebi que minhas “amigas” não me sorriam, estavam centradas na aula, como hipnotizadas enquanto a professora falava. E é claro, eu sabia, ou apenas sentia, que era aquela reação instintiva que temos em disfarçar fingindo prestar muita atenção em alguma coisa fora da rota da pessoa que nos incomoda ou nos faz sentir inseguros, apenas para não cumprimentá-la ou evitar reações adversas a que realmente queremos transmitir.Então descontente eu sentei na fileira a frente delas e fingi também prestar atenção na aula. Mas as minhas mãos suavam e meus pensamentos confusos estavam inquietos.Tentei algumas vezes me comunicar, falar algo irrelevante pra puxar assunto, mas nada surtiu efeito. Recebi respostas monossilábicas e sorrisos desencorajadores.

Antes do intervalo pude constatar que a professora era mais uma bruxa para a coleção, troquei algumas farpas com ela, e fui para o meu cafezinho com a coordenação.Fui a primeira a chegar, enrolei na recepção fingindo prestar atenção ao quadro de avisos, apenas para não ser a primeira e solitária na bancada do CTHG.Quando mais pessoas chegaram, fui procurar um lugar. Deparei-me com 3 meninas da minha sala, que me receberam super bem, sentamos juntas na primeira fileira, de cara para os coordenadores.A reunião, como sempre, foi produtiva e animada, com poucas mas boas mentes pensantes.É triste ver, que poucos discentes se interessam por assuntos e iniciativas a respeito de sua área de atuação e estudos.

Fui correndo para meu prédio junto com uma colega, estávamos atrasadas e a professora já havia alertado que não aceitava atrasos.Passamos por um ex- amigo meu, e ela deu um jeito de me perguntar, tentando disfarçar a curiosidade, se eu ainda falava com ele, e eu menti para evitar questionamentos constrangedores.De fato ao chegar na sala, a professora já havia passado a lista de presença, o que em fez discutir com ela no final da aula.Ao decorrer da aula consegui me aproximar mais das meninas, e perceber que a coisa não está tão ruim quanto esperava.Saí feliz, e nas companhia das minhas loiras. Fomos conversando até o ponto.

E depois disso, veio o furacão, e esse eu conto depois!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Se o seu deus não aceita todas as formas de amor, ele é um idiota


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Um dos temas que tenho desenvolvido em trabalhos para a faculdade é a criação de campanhas de marketing e comunicação para o reforço da opinião pública sobre o mundo/mercado GLBTT. Mercado esse que cresce significativamente a cada dia, mês e ano, gerando renda ao trade de eventos e turísmo do País.

Dados que a ABRAT GLS ( Associação Brasileira de de Turismo GLS) e da CADS ( Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual) apresentaram para mim e meus colegas de faculdade, mostram que somente do Brasil 10% na população é homossexual, de 20% à 30% Bissexual, de 2% à 3% Travestis e Transsexuais ou Trangênicos e muuuuitos % fazem parte daquele famoso S, ou seja, Suspeitos! haha ops... Simpatizantes.

Imagine quantos não saíram do armário? Quantos outros não se descobriram? Tantos outros sentem medo e reprimem um desejo? Convenhamos, todos nós conhecemos alguém suspeito haha

Hoje, estive num treinamento para poder trabalhar no 14º Mês do Orgulho LGBT de São Paulo, o treinamento foi ministrado pelo Coordenador Geral da CADS Franco Reinaudo. Um cara bem simpático por sinal. Nesse treinamento nos deram noções básicas de como se portar e tratar esse público, como lidar em diversas situações, o uso da etiqueta e bom senso diante a pessoas de orientação sexual diferente. Sim, orientação sexual porque as palavras opção e escolha sugerem que as pessoas possam optar ou escolher o que serão, e todos nós sabemos que na prática não é nada disso certo? Assim como não escolhemos quem vamos amar, não podemos escolher qual sexo amaremos.

Dentre outros tantos equívocos da sociedade está um bem importante e interessante, a palavra HOMOSSEXUALISMO é como uma ofensa sabia? Porque até a década de 70 a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo era considerada uma perversão sexual pela ciência (sufixo "ismo"). Ou seja, uma doença. Daí então Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transsexuais ou Transgênicos preferem o termo HOMOSSEXUALIDADE do grego homos = igual + latim sexus= sexo que refere-se ao atributo, característica ou qualidade de um ser humano que sente atração física, emocional e estética por outro ser do mesmo sexo.

Bem bacana as explanações, explicações e tal. Porém ainda fico Barbie na caixa ( besta, atônita, bege, passada, pasma) que no ano de 2010, 40 anos após a “aceitação” da Homossexualidade como orientação sexual, ainda temos que passar por treinamentos para saber respeitar pessoas feitas da mesma carne, órgãos e sentimentos que nós.

Em uma cidade que abriga a maior parada do mundo de reivindicações por direitos e respeito a pessoas de diferentes orientações sexuais, é ridículo haver ainda tantos equívocos, discriminações e intolerância por parte de uma quantia da população que só aceita o ‘diferente’ no dia que a Avenida Paulista se pinta de arco-íris.

Reconheço que muitos Homossexuais desprezam a Parada por achar que virou uma festa para as loucas soltarem as plumas e purpurina e que a essência se perdeu. Mas eu discordo, porque sim, muitos vão as ruas para se mostrar mas, não é justamente isso que tem atraído cada ano mais adeptos à Parada do Orgulho Gay? O que gera em mais verba aos cofres públicos e privados somados a expansão do trade de eventos e turismo GLS resultando mais poder a esse público de lutar por dignidade e respeito, crescer como um novo mercado, ser visto e aceito podendo aumentar suas formas e meios de divulgar e esclarecer os desinformados que eles são pessoas como nós, respiram e sentem dor.

Este ano, além da minha 4º comemoração pessoal , que é outra história, serei voluntária para trabalhar em 2 dos eventos do mês do orgulho gay, a 10º Feira Cultural LGBT que se realizará no dia 3 de junho no Vale no Anhangabaú e a 14ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo que será no dia 6 de junho que acontece todos os anos na Avenida Paulista.

Convido todos a participarem!

Sim é uma grande festa que trás mais de 3 milhões de pessoas para as ruas gerando desconfortáveis situações como constrangimentos causados por pessoas totalmente sem noção e pudor que independe de orientação sexual, brigas resultantes do abuso de álcool e drogas ou ignorância, assaltos como em qualquer grande festa e movimentação de pessoas de todos os tipos.Ou Seja, uma festa como todas outras de porte e características parecidas. Mas vale muito a pena ter um dia digamos, mais colorido :)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

"Quero sempre mais,sempre mais.Aceitar,como sou agora não me satisfaz..."

Vou de coração aberto me embrenhando no caminho, mesmo que a trilha tenha sumido,uso a intuição.

Pulo do alto e de cabeça, não tenho medo da queda, pois se não tem saída, a encaro depois com histórias pra contar.

Arrasto um pouco de tudo pra onde vou, deixo um pouco de mim por aí. Me espalho, dissipo as idéias, prego o amor no coração.

Tento fazer o que acho certo,acredito e vou a luta, pra manter a cabeça erguida e a consciência tranqüila. Não me vendo por falsas morais, não cedo a tentação tão fácil, procuro não tropeçar nas pedras pelo caminho.

Ando devagar quando tenho pressa, porque pressa não leva a perfeição. Mesmo que eu não busque uma, prezo pelo melhor que posso fazer.

Corro quando sinto o corpo fraquejar, uso todo ar dos pulmões, testo a resistência, sempre descubro que posso mais, sempre agüento mais.

Gosto de ultrapassar limites, porém só entro em competições comigo mesma, quebrando meus records, me superando pra me aprimorar.Eu sei minhas manhas, minhas táticas, meus pontos fracos e fortes, só eu sei como me enganar.

Travo batalhas comigo mesma, alimento a guerra interna, exercito o auto-conhecimento pra saber onde posso chegar, e sempre me surpreender quando descubro que é mais longe do que posso enxergar.

Me premio, me aplaudo, me parabenizo para cuidar do ego e me incentivar a querer sempre mais.

Amores Juvenis

Queria poder falar de amor, e me inspirar nos perfumes juvenis para exalar empolgação adolescente que faz borboletas voarem no estomago.

Competir por rostos sem pêlos e beijos inocentes ganhados numa rodada de verdade ou desafio.

Queria escrever no diário que aquele menino me olhou hoje, me sorrio, eu enrubesci e sai correndo para contas as amigas.

Sinto falta de escrever cartinhas de amorzinho com versinhos melosos copiados do caderno de poesias da minha mãe, ou de figurinha de balas freegells.

Ir estudar na casa da amiga só pra ficar babando no irmão mais velho, passar batom e colocar minissaia pra se sentir mais mulher e ver se ele nota.

Dar voltas e voltas no mesmo quarteirão só pra passar 500 vezes em frente ao mesmo grupinho de meninos que batem tazo, só pra ver se um te chama.

Escutar a banda que ele gosta pra chegar na escola o dia seguinte e falar alguma coisa com propriedade decorada de um site de fã clube.Só para impressionar!

Mexer no cabelo quando ele olha, andar desfilando quando passa pela carteira dele, se oferecer pra ajudar no trabalho em sala e vale até fingir implicância só pra manter a atenção direcionada pra você.

Se destacar e correr mais que o papa-léguas no futebol só para fazer ele olhar,comentar e admirar.

2 horas no telefone falando de vídeo-game e desenhos com o bonitinho da escola nunca foram suficientes quando eu tinha 10 anos .

Fazer amizade com as meninas mais velhas da escola pra fingir maturidade.

Passar pelo bonitinho fazendo(tentando) manobras radicais de patins.

Eu tenho saudade da paixonite juvenil,aquele frescor e despreocupação, descomprometimento e inocência, leveza e friozinhos na barriga.

Tempo bom, e é divertido lembrar!

domingo, 11 de abril de 2010

5 de abril de 2010

Desceu do ônibus procurando a touca da blusa desesperadamente.Parecia um macaco tentando catar piolho nas costas. Mas ela não ligava, porque quando chove, ela acredita que todas as pessoas tornam-se meio cegas. Olham apenas para frente para não pisarem em poças d’àgua e os guarda-chuvas lhe cobrem parcialmente a visão. E ela sempre acha que está dentro dessa parcela que não vêem. Assim ela não ligou quando a rajada de vento transformou o seu cabelo em arte moderna.

A garoa fina e gélida a cair em seu rosto e o vento a cortar-lhe a pele a irritou profundamente, fazendo-a acelerar o passo em direção as catracas mais viciadas da terra. Ou o pequeno caminho do mundo que ela conhece.

Ufa! Hoje as catracas estavam funcionando como sempre deveriam funcionar, e o tênis não derrapou nas poças d’àgua daquele chão liso e escorregadio que ela tanto odeia, na entrada.

Entrou na faculdade rezando não encontrar ninguém conhecido, pois sua cara de quem não dorme e come há dias e desprovida de maquiagem era realmente o retrato do que a irmã mais velha passou a lhe chamar “Cara da garota infernal quando tem sede e fome”.

Ao entrar na sala se deparou com mais pessoas do que imaginaria encontrar naquele horário. Reparou que todos estudavam bem mais empenhados do que ela tentará fazer no feriado prolongado inteiro. Sentiu na garganta um gosto amargo de arrependimento por ter desperdiçados algumas horas do feriado vendo TV de pijama e meias infantis.

Sentou-se no lugar de costume e cumprimentou discretamente as amigas, tentou estudar os textos que deveria ter lido a dias, e inutilmente releu as anotações de seu caderno, tão completas quanto o material que sua memória permitiu lembrar das aulas anteriores.

Durante a explicação sobre contratos redigidos de acordo com as leis do país, ela preferiu ligar seu notebook e escrever um pouco sobre seu dia. Numa tentativa tola de fazê-lo mais poético e menos duro.

Horda do intervalo, ela preferiu navegar em um site de relacionamentos de mensagens instantâneas e curtas.

E então eu desisti de relatar esse dia quando o sono bateu e o relógio me lembrou que estava tarde.

Vida de trabalhadora/estudante faz o tempo nos escravizar.

sábado, 4 de julho de 2009

Eu só precisava reaprender a desabafar escrevendo.Isso muito me foi útil já. Mas eu me perco,me deixo por todos os cantos e essa foi uma parte que deixei por aí. Ando muito vazia mas com tanto pra falar. 98% são reclamações. E eu acho mesmo muita hipocrisia todo mundo venerar Sir Michael se há 2 semanas atrás o mesmo era alvo de piadas,quero que todos se fodam com suas homenagens póstumas. E eu não passo de uma mente desconexa sem continuidade cronológica. Me deu uma saudade enorme de uns 8 meses atrás, quando eu chorava por pessoas e não por [falta de]dinheiro. Muita falta de ter uma melhor amiga confiável a nível cavalares. Muita falta de sentar naquelas poltronas e fazer quase uma terapia grupal. Preciso de segundas opiniões e um ouvido compreensível acompanhado de uma boca que exala sinceridade. Saudade do silencio das madrugadas e a volta pra casa no carro, do silencio no barulho dançante acompanhado de Heinekens, de não ter hora ,de freqüentar os mesmos lugares com as mesmas pessoas.
Sinto saudade de tanta coisa inútil e não sinto do essencial,isso me mata.
Tenho sido metade de metal,porque só a outra metade sente alguma coisa,ou demonstra emoções.
Se eu não falo é porque eu não sinto,se eu falo baixo é porque não é fiel,e eu odeio mesmo falar sem sentir.Procuro e não acho,preciso encontrar antes que acabe.
Chega de ser infeliz e fazer as pessoas infelizes.
Se eu trabalho mais de 12 horas por dia sem reclamar,mesmo sabendo que o salário não compensa e o mesmo ta atrasado,é porque as coisas não andam bem aqui dentro.
Um alívio voltar a tomar meus ‘salva-vidas’,mas não me contento só com metades.
Quero religar os fios e assistir tudo à cores!

terça-feira, 10 de março de 2009

Buscando palavras

Percebi que preciso mesmo de muito tempo ocioso pra bater aquele tédio inquietante e conseguir escrever algo razoável.O que não tem ocorrido ultimamente.
Parece que só tenho inspiração na dor.O que não tem ocorrido ultimamente.
Queria escrever sobre ele,mas não me vem nada no mínimo interessante que construa um texto digno dele.Mas o que não faltam é coisas boas a seu respeito pra falar,mas eu não queria apenas exaltar suas qualidades,queria escrever algo forte e bonito,intenso como tem sido nossos dias a partir do momento em que nossos sorrisos se encontraram.
E ele,mais do que ninguém até hoje,merece muito mais do que todas as palavras do mundo,merece o meu amor sem limites!
Trocamos vários e-mails por dia,sms lindos que lotam minha caixa de entrada,e eu nunca tenho coragem de apagá-los,ficamos horas ao telefone e quando estamos juntos todas as declarações mais clichês ou mais originais do mundo são ditas ao pé do ouvido ou olhando nos olhos...eu nunca tive isso,isso que me faz tão feliz e torna tudo mais leve.Temos aquele tipo de relacionamento raro,mais vistos em filmes do que em histórias reais...nos damos tão bem!
Temos toda certeza do mundo no que nos é fundamental,o amor,o carinho e a admiração um pelo outro.E a confiança?É mútua!Segurança tem valor?Não tem não!
E por ser quase perfeito,é que já constatamos que nenhuma palavra defini,exemplifica,traduz e muito menos resume o que sentimos,o que somos!
Portanto pouco há a se dizer aqui,por não encontrar palavras...
Apenas uma chega perto...TUDO!
Sim.Ele é meu TUDO!